segunda-feira, 17 de março de 2008

Passeando nos ventos da aflição


"Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os mancebos cairão, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão" (Isaías 40:30, 31).


Uma águia sabe quando a tempestade se aproxima mesmo antes de se desencadear. Voa para algum lugar alto e espera que os ventos venham. Diante da tempestade, deixa que os ventos levantem suas asas acima da tormenta. Enquanto a tempestade cai furiosamente abaixo, sobe rapidamente acima dela. A águia não escapa à tempestade, simplesmente a usa para erguer-se ao ponto mais alto. Ela passeia nos ventos que trazem a tempestade.


O profeta Isaías compara pessoas a águias. Ele diz, nas Escrituras, que somos abençoados com a dádiva de Deus que nos capacita a montar nos ventos que trazem aflição, desespero, fracassos e decepções para nossas vidas. Em Deus podemos subir rapidamente acima das tempestades. Lembremos que não são os fardos da vida que nos sobrecarregam e sim a maneira como lidamos com eles.


Sem Deus somos fracos e presas frágeis sob as tempestades da vida. Na força do Senhor alçamos vôo acima delas. Os ventos e as tormentas caem sobre todos, as angústias nos visitam sem que sejam convidadas, os fracassos se aproximam até dos maiores conquistadores, mas a maneira como encararemos tudo isso definirá o nosso êxito ou derrota.


Sabemos que na presença do Senhor há plenitude de alegria e, quando esse gozo faz parte de nosso viver diário, todos os problemas citados nos parecem mais amenos. A graça do Senhor nos envolve, Seu poder nos protege, Seu brilho oculta os visitantes indesejados, Sua mão nos faz flutuar acima das crises e tempestades.


Senti-me atingido por uma dessas tempestades durante a última semana. As dores terríveis que me fizeram ficar na cama sem poder andar direito ou mesmo sentar pareciam querer impingir-me uma derrota. Mas a presença do Senhor me consolava e pude voar acima das lutas e dores. Pude ler vários livros com meus ouvidos. Pude enxergar, mesmo sem os olhos físicos, a presença de Jesus no escuro que estava bem iluminado. Pude sentir, através dos telefonemas de irmãos e amigos, de norte a sul do Brasil e também de outros países, que minhas asas espirituais estavam abertas e eu podia planar sobre os ventos daquela tempestade.


As dores ainda não cessaram por completo, mas... que são elas diante do grande regozijo que sinto por ser um filho amado e abençoado por Deus.
Paulo Roberto Barbosa

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